O homem que foi preso por uma suposta tentativa de suborno ao jornalista Edmilson Edson Sombra foi transferido nesta sexta-feira (5) para o presídio da Papuda. Antonio Bento da Silva foi preso nessa quinta-feira (4) em flagrante pela Polícia Federal no momento em que entregava uma sacola com R$ 200 mil ao jornalista. Sombra é amigo de Durval Barbosa, o ex-secretário que denunciou o esquema de corrupção no Distrito Federal que ficou conhecido como mensalão do DEM de Brasília.
O escândalo de corrupção veio à tona no dia 27 de novembro quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Caixa de Pandora. O inquérito que envolve o governador do DF, José Roberto Arruda (sem partido), seu vice e oito deputados distritais, além de empresários e membros do governo, tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O jornalista afirmou que o dinheiro era parte de uma tentativa de suborno feita a mando do governador. Sombra diz ter recebido do deputado distrital Geraldo Naves (DEM) um bilhete de Arruda. A prova foi pedida pelo jornalista para confirmar que o deputado estava fazendo a abordagem a mando do governador.
O jornalista teria se negado a negociar com Naves e sugeriu que o secretário de comunicação do governo do Distrito Federal, Wellington Moraes, fizesse a intermediação. No final, no entanto, Arruda teria indicado Antonio Bento para fazer a negociação.
O governo do Distrito Federal nega envolvimento com a tentativa de suborno. Nota divulgada nesta quinta-feira (4) menciona o fato de que Antonio Bento aparece como diretor comercial do jornal “O Distrital”, de propriedade de Sombra.
Moraes também nega a versão de Sombra e diz que foi procurado pelo jornalista na tentativa de agendar um encontro dele com Arruda. O pedido teria sido negado.
Naves, por sua vez, afirma que a acusação de Sombra é uma "maldade sem precedentes". Ele nega que o bilhete fosse um meio de corrupção.
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