O espaço da mulher na política
Trajetória feminina é marcada por coragem e sacrifício
No próximo dia 08 de março o mundo inteiro comemorará o dia internacional da mulher. A data relembra a morte de 130 operárias norte-americanas que foram incendiadas dentro de uma fábrica enquanto faziam uma greve pela melhoria das condições de trabalhos.Apesar da dimensão trágica, que esperamos nunca ver repetida, o episódio das operárias americanas retrata a trajetória recente da mulher, marcada por coragem, luta, sacrifício, persistência e doação.No Brasil, a participação feminina na política teve inicio em 1932, sob a tutela de Getúlio Vargas. A primeira mulher a conquistar uma vaga nas urnas foi a paulista Carlota Pereira de Queiroz, eleita deputada federal em 1933. Desde então, outras Carlotas, Anitas, Olgas, Marias, Luizas, Heloísas, Marinas, Martas, Beneditas, Idelis, Ritas, Marisas e Odetes resolveram combater os preconceitos da sociedade e contribuíram decisivamente para a construção da democracia brasileira.Entretanto, o tempo ainda é de luta. As mulheres ainda não ocupam espaço decisivo no plano político. Apenas 10% das cadeiras disponíveis no Congresso Nacional estão sendo ocupadas por deputadas e senadoras. Além disso, raramente essas parlamentares exercem lugares de destaque em comissões e relatorias de projetos importantes. Infelizmente, a política continua sendo um ambiente excessivamente masculinizado.A baixa participação de mulheres na cena política nacional apenas reflete a estrutura de preconceitos existente na sociedade que se manifesta também na forma de baixos salários, pouca instrução, violência e humilhação.A jornada das mulheres é certamente mais longa do que a que elas merecem, mas a vitória nunca esteve tão próxima. Na América Latina já existem países comandados por mulheres (Chile e Argentina). Nos Estados Unidos, há forte possibilidade de Hilary Clinton assumir a responsabilidade de reconstruir um país devastado moralmente pela guerra. O dia de o Brasil assistir uma mulher recebendo uma faixa presidencial também não demorará.O PRB é um partido solidário à luta das mulheres e pretende eleger milhares de vereadoras e prefeitas em 2008. A sensibilidade feminina está totalmente ligada ao ideal republicanista. Afinal, não há ninguém melhor do que a mulher para ensinar à nação a lição preciosa e benéfica do carinho para com o outro!
Vitor Paulo dos Santos
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